15.2.07

Valentine's


(foto: Bouncy)

Salvei o espelhar nos teus olhos do sol
Que espreitava por cima das arquitecturas antigas
E o teu sorriso que abria
À medida que da minha boca fluíam imoralidades
E o tremer do teu joelho
Quando a minha mão pousou sobre ele e o apertou
E as tuas frases fúteis
Que completavas com gargalhadas excêntricas
Enquanto observavas o meu rosto a prender-se no teu
Torcendo os lábios ligeiramente para cima
Encolhendo um pouco as pálpebras

À nossa frente, preso no nosso horizonte, o rio
À nossa volta a variedade urbana
Dentro de nós o inexplicável que não se mede em palavras