12.3.08

Experiências universitárias


(Catarina Santos no átrio da Faculdade de Letras. Fotografia por Maria João Marques)

Ao chegar à aula de TIC hoje fui informada de que teria que realizar uma entrevista. De imediato pensei que não era o meu dia, pois tendo apenas dormido duas míseras horas, não me sentia capaz de sair da sala e procurar alguém para entrevistar. Mas saí e encontrei a companhia e pessoa para entrevistar durante meia hora; meia hora esta que se revelou muito positiva e produtiva. O seu nome é Catarina Santos, tem 20 anos e é natural do Entroncamento.

Maria João: Catarina, como te sentes hoje, nesta manhã tão cinzenta e feia?
Catarina: Bem disposta, como sempre.

MJ: Preparada para esta fantástica entrevista sobre o teu mundo universitário?
C: Sim. Claro. Bombs away.

MJ: Presumo que sejas estudante universitária...
C: Sim.

MJ: E em que curso estás?
C: Ciências da Cultura.

MJ: Em qual Faculdade? Nesta?
C: Sim. Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

MJ: Em que ano te inscreveste pela primeira vez?
C: Foi no ano lectivo de 2005/2006.

MJ: Já és residente nesta casa há algum tempo portanto. E qual foi a primeira impressão que tiveste da faculdade?
C: Que as instalações estavam deveras degradadas! (risos) Não, mas para além disso gostei do ambiente e da diversidade das pessoas. Portanto, impressão positiva, no geral.

MJ: E foste daquelas que participou ou fugiu das praxes?
C: Fui daquelas que andou um bocado fugida. (risos) Ok, nunca andei fugida, mas não fui apanhada pela troope das praxes.

MJ: Ah, sim. E em todos estes anos qual a cadeira que mais, não sei se esta será a palavra certa, prazer te deu fazer?
C: Sem dúvida alguma, o Inglês em todos os semestres. E neste caso, talvez prazer seja mesmo a palavra indicada. Esta é a cadeira que mais vai de encontro com a temática explorada no meu curso, portanto foi aquela que mais gostei de fazer.

MJ: E tens algum professor preferido?
C: A Professora Maria Emília Fonseca, que foi minha professora de Inglês no meu 2º ano.

MJ: Ah, portanto os professores também ajudaram a tornar o Inglês na tua cadeira preferida. E porquê essa professora?
C: (risos) Talvez. Ora, porque ela sempre nos transmitiu um à vontade e sempre tentou ajudar-nos e facilitar o nosso percurso na Faculdade. Enquanto uns apenas apresentam obstáculos na nossa caminhada por estas paredes, outros demonstram disponibilidade e isso é muito gratificante para nós, alunos.

MJ: Recordas-te da primeira vez que te sentiste como uma estudante universitária?
C: Hum. Não me recordo concretamente, mas penso que tenha sido logo no primeiro dia de aulas, quando entrei na primeira aula de todas as aulas que, curiosamente, foi Inglês.

MJ: E consideras-te uma pessoa com espírito académico ou nem por isso?
C: Hum. Q.B..

MJ: Boa resposta. E até agora, como caracterizas a tua experiência universitária?
C: Depende da perspectiva. A nível pessoal tem sido uma experiência bastante rica. Conheci pessoas e formei amizades e laços que vão durar uma vida inteira.

MJ: E a um nível mais académico?
C: (risos) Sinceramente? Acho que não te sei responder a essa pergunta.

MJ: (risos) Pronto. Então e quais as tuas expectativas futuras?
C: Hum Sonho um pouquinho alto talvez. Espero conseguir trabalhar em rádio, embora saiba que o meu curso não me preparou tão bem quanto eu esperava para trabalhar nesta área.

MJ: Bem, esta entrevista acabou. Obrigada pelo teu tempo Catarina e espero que consigas alcançar esse teu objectivo. Boa sorte para o resto do curso.
C: Obrigada. Adeus e boa tarde!

MJ: Obrigada eu e boa tarde!


Por favor visite estes sites:
Control
Turn On The Red Lights

19.1.08

Closer


(foto: Maria Flores)

You think love is simple. You think the heart is like a diagram. But love is not simple and hearts aren’t diagrams. Hearts aren’t simple too. My heart is not simple. It’s in fact a very complex and complicated muscle in which I rely on to make every little decision that needs to be made. And this time he took eight months to decide. Eight, long months to notice what was right in front of him. Eight, long, not always perfect months to realize it’s you he wants inside his tight, red walls. And you were so patient, so cautious. Now, he never wants you to leave. Now, he’s so attached to you that he only rests when you’re sleeping inside him. Now, he longs for you in every beat. And you ask: Have you ever seen a human heart? It’s like a fist wrapped in blood. No, it’s a poem wrapped in strings and you’re the words.

(Parabéns meu amor.)

1.11.07

Imagine Accepting the Truth


(foto: Marina Marques)
"Imagine accepting the truth."
Escreves

Mas a verdade é agora um conceito oco
Que riscaste na pele
Tudo porque um dia te importaste
E querias saber o significado das coisas
E das palavras e das pessoas que diziam essas palavras
E do mundo que te albergava
E tinhas a inocência ao teu lado
Andavas de mão dada com a inexperiência e eras feliz assim

"Death notes."
Escreves

Esqueces-te que ainda pertences ao lado dos bons
Que ainda cultivas timidez no teu olhar
E que no fundo ainda queres inspirar
Todos os cheiros que o mundo te oferece
Porque são novos
E a novidade soa-te tão bem

(porque gosto de ti, afilhadinha.)

22.7.07

On


(foto: Maria Flores)
E repleta de um doce apreço pelo nascer do sol
Envolves-me nas sílabas cuidadosamente dispostas
Ao longo das eloquências

E depressa o pintar-te de olhos fechados
Dá lugar a novas cores
Ainda há espaço de sobra para surpresas
O teu coração não desligou

20.5.07

Bloc Party

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket


Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Não importavam as escoriações físicas
Ou os gritos ensurdecedores
Não eram importantes os membros que voavam por cima de nós
Atacando-nos, por vezes, com força
Não significavam nada a desidratação, o sufoco, a temperatura que ascendia

O que permanecia era a o teu sorriso que se alterava
De acordo com os acordes que eram dedilhados
E com as vozes que mudavam de tom


(perfeito.)

5.5.07

Numa manhã de Maio

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket
(foto: Catarina Cruz)

Quando derrubares todos os muros que insistes em saltar
Quando as tuas mãos pousarem no colo
Engelhadas, enfraquecidas
Dos esticões que dás nas linhas que enrolam o teu coração
Quando regressares ofegante à superfície
E deixares de mergulhar em naufrágios violentos
Quando a palavra experiência já te soar oca por dentro
Quando a comodidade se instalar e arrendar os teus membros

A mentira: "Ela esperou por mim."
A verdade: "Não se espera por aquilo que nunca se chega a perder."

E pensas em regressar numa manhã de Maio
Porque ainda é Primavera e aguardam-te túlipas em tons de
beige e vermelho

14.4.07

Excepção


(foto: Maria Flores)
Ninguém é como tu
Ninguém suspende o tempo
Durante quase quatro segundos num beijo
E deixa transparecer a ilusão de que a boca é diamante
Sim, ninguém é como tu
Ninguém se perde nas entrelinhas dos seus próprios traços
Para ignorar a fome que aperta o coração

Desenha-me um pouco mais para a esquerda
Sem régua ou esquadro
O meu alinhamento será acidental
(para ti gira da minha vida.)

30.3.07

Gira-Discos


(foto: Maria Flores)
Nem sempre os teus passos dançam
Os teus pés sabem parar
Mesmo quando o gira-discos ainda toca

E se hoje te escondes das luzes meu amor
O mais certo será interromperes a melodia
No terceiro acorde dedilhado que te corta em dois

(e esperei-te, sentada no degrau da tua porta, apertando nas mãos agulhas e linhas.)

20.2.07

One year ago...


(foto: Ewan McGregor em Velvet Goldmine)

"You could be my main man."

15.2.07

Valentine's


(foto: Bouncy)

Salvei o espelhar nos teus olhos do sol
Que espreitava por cima das arquitecturas antigas
E o teu sorriso que abria
À medida que da minha boca fluíam imoralidades
E o tremer do teu joelho
Quando a minha mão pousou sobre ele e o apertou
E as tuas frases fúteis
Que completavas com gargalhadas excêntricas
Enquanto observavas o meu rosto a prender-se no teu
Torcendo os lábios ligeiramente para cima
Encolhendo um pouco as pálpebras

À nossa frente, preso no nosso horizonte, o rio
À nossa volta a variedade urbana
Dentro de nós o inexplicável que não se mede em palavras

13.2.07

One year ago...


(foto: Jonathan Rhys-Meyers em Velvet Goldmine)

... the confession.

1.2.07

Wash me away...

Photobucket - Video and Image Hosting
(foto: Maria Flores)

"This is the moment that you know
That you told her that you loved her but you don't
You touch her skin and then you think
That she is beautiful but she don't mean a thing to me"


Death Cab For Cutie Tiny Vessels

22.1.07

You turned the lights on

Photobucket - Video and Image Hosting

"She says brief things
Her love's a pony
My love's subliminal."

Interpol

(Pergunta: Amor, és minha?

Resposta: Claro que sou!
gradualmente...)

19.1.07

Inquieto

Photobucket - Video and Image Hosting
(foto: Maria Flores)

Tenho o coração inquieto
Deixa-me sossegá-lo em ti
Não te peço para o amarrares ao teu
Ou para o colocares por baixo da língua
Aperta-o apenas contra o peito por segundos
E embala-o na segurança do teu colo

30.12.06

Dificuldade


(foto: Maria Flores)

Não é fácil amar-te, sabes?
Não é fácil ter-te entranhada na minha pele, nos meus músculos, no meu sangue, no meu núcleo…
Não é fácil não poder pressionar o teu corpo contra o meu
Friccionar freneticamente os meus ossos nos teus para uma combustão que seria gritante
Se apenas permitisses o meu pequeno incêndio pousar-te no ombro
Não é fácil ver-te ao longe, ao perto
E saber que quem possui uma lupa não aprendeu ainda a ler as letras minúsculas que ocultas no extremo inferior esquerdo da anca
Não é fácil repetir-te constantemente na palma das minhas mãos
Abrindo e fechando-as, tocando o ar que expiraste

Mas a dificuldade é um hábito que inicia de madrugada e me afoga com urgência em ti