Cave
(foto: João Pedro Sousa)
Ah, cave escura e macabra
Já ansiavas pela minha presença
Já gritavas bem alto pelo meu nome
Pois aqui estou
Respondendo ao teu chamamento
Encerrei-me novamente
Nas tuas quatro frias paredes
Consigo ouvir a chuva a cair lá fora
É o céu que chora
Como eu não consigo verter lágrimas
O céu chora por nós
E por tudo aquilo que não fizemos
Hoje não tenho esperança
Hoje não sou nada
Não me fales
Não me toques
Qualquer movimento teu
Desequilibra o meu espírito
Deixa-me ficar no isolamento
Porque hoje não tenho esperança
Hoje não sou nada
2 Pensamentos:
há movimentos que não quebram, não desequilibram. porque há certos gestos que te agarram, que te puxam.
procura embriagar de sonho o silêncio das coisas. procura embriagar de sonho as paredes de qualquer cave.
esqueci-me de assinar.
(susana) *
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